Guga Szabzon (São Paulo, 1987) é artista e educadora. Em sua pesquisa explora o feltro como suporte para a costura, tecendo imagens num processo dialógico entre técnica e gestualidade no qual a espontaneidade do traço responde à velocidade da máquina. Em suas obras recentes – que se materializam em diferentes dimensões – as linhas marcam a superfície do feltro impetuosamente, formando composições vibrantes de cores e movimentos ou se assemelhando a paisagens, mapas e estudos cartográficos. Em obras abstratas, as linhas, pontos e formas geométricas fragmentadas constituem um contínuo movimento de ritmo sincopado. Somam-se em sua prática desenhos e anotações da artista, que coleta escritas poéticas, palavras e outros fragmentos do cotidiano advindos da observação atenta do mundo, tão importantes em seu processo quanto a rotina de ateliê.
Graduada em Artes Visuais pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, em 2009, e licenciada pela Faculdade Paulista de Artes – FPA, em 2010. No mesmo ano foi selecionada para o programa de residência artística Brasil goes Berlin, financiado pelo governo alemão. Em 2009, fez parte do Projeto Tripé no SESC Pompéia e, em 2012, Szabzon participou do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo – CCSP. Em 2014, realizou o programa de residência artística organizado pela artista Elisa Bracher no Instituo Acaia, em São Paulo e, em 2016, participou do programa de residência artística de A Ilha, em Lisboa. Em 2018, integrou a coletiva A Vastidão dos mapas, com curadoria de Agnaldo Farias, no Palacete das Artes, em Salvador e a coletiva Hóspede, na Fundação Ema Klabin. Ainda em 2018 foi uma das artistas que realizou a ativação de obras na 33° Bienal de São Paulo. Em 2019, seu trabalho passou a integrar o acervo do Museu de Arte do Rio - MAR.
Dentre suas exposições individuais, somam-se: Tremor, na Millan, SP, No todo trayecto es recto, Travesía Cuatro, Guadalajara, México, ambas com curadoria de Cristiano Raimondi, em 2023; Dia e noite, ainda é longe?, na Galeria Superfície, SP, com curadoria de Diego Matos em 2021; O Começo de uma coisa maior e de um dilema, com curadoria de Galciani Neves, Galeria Superfície, SP e Tudo que criamos passa a existir, Sesc Ipiranga, SP, ambas em 2019; em 2017, Como é que eu sabia?, Galeria Superfície, SP; Atlas/Salta, no mesmo espaço e Um nó deve ter duas importantes qualidades, poder ser desatado facilmente, e ao mesmo tempo não se desfazer sozinho, na Casa Samambaia, em São Paulo, 2015 e Raspadinha, com curadoria de Thais Rivitti, na Galeria Transversal, em 2012.